sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Poema - 4.º C

BALADA DA CHUVA

Batem forte, fortemente,
Como quem chama por mim…
Será neve? Será gente?

Gente não é, certamente
E a neve não bate assim…

É talvez a trovoada;
Mas há pouco, há poucochinho,
Nem uma agulha bulia
Na quieta melancolia
Dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, fortemente
Com tão estranha forteza,
Que muito se ouve, muito se sente?
Não é neve, nem é gente,
Nem é vento, com certeza.

Fui ver. A chuva caía
Do azul negro do céu,
Transparente e forte, transparente e fria…
Há quanto tempo não via!
E não tenho muitas saudades, Deus meu!



Rita Guerreiro 4.ºC (Baseado no poema “Balada da Neve”)

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