BALADA
DA CHUVA
Batem
forte, fortemente,
Como
quem chama por mim…
Será
neve? Será gente?
Gente
não é, certamente
E
a neve não bate assim…
É
talvez a trovoada;
Mas
há pouco, há poucochinho,
Nem
uma agulha bulia
Na
quieta melancolia
Dos
pinheiros do caminho…
Quem
bate, assim, fortemente
Com
tão estranha forteza,
Que
muito se ouve, muito se sente?
Não
é neve, nem é gente,
Nem
é vento, com certeza.
Fui
ver. A chuva caía
Do
azul negro do céu,
Transparente
e forte, transparente e fria…
Há
quanto tempo não via!
E
não tenho muitas saudades, Deus meu!
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